sábado, abril 27, 2024

Cinco poemas de Nelita Monção Barbosa

 


ANIVERSÁRIO DA IGREJA

 

A igreja é a comunhão

Dos irmãos unidos

pelo amor de Cristo,

numa só fé,

num só Espírito

num só coração.

 

É a comunidade

que Cristo desejou

e deseja, hoje ainda,

que haja amor,

conhecimento da Palavra

e verdadeira unidade.

 

Assim é nossa Igreja,

Que, numa caminhada

De trabalho e esforço,

Vem de Deus alcançar

Bênçãos e graças

Quando esta data festeja.

 

A Deus, louvor e glória,

Por esta igreja amada.

Que ela continue firme,

Livre da corrupção, do pecado,

E que cante sempre,

Um hino de vitória.

 

Seja a meta constante:

O “Ide e pregai”

Desta Igreja tão amada;

cada membro, um atalaia,

um pregoeiro, um arauto,

um valente Gideão,

da Igreja militante.



A CAMINHO DE EMAUS

 

Dois discípulos pela estrada seguiam

Depois do rude sacrifício de Jesus,

E ambos, com tristeza, discorriam

Sobre a morte tão atroz como a da cruz.

 

Em conversa muito triste e comovida,

Seguiam, juntos, a caminho de Emaús;

Já não tinham a presença tão querida,

Nem ouviam a voz mansa de Jesus.

 

Que decepção! Não prometeu ressurgia,

Que sobre a morte seria vencedor?

Nisto ouviram alguém que lhes dizia:

“Que falais? Que semblante esse de dor”?

 

Um deles lhe respondeu admirado:

Peregrino será em Jerusalém?

Pois tantas coisas se tem passado,

Que não é segredo para ninguém.

 

E pensando que seria forasteiro

Quem assim tal pergunta lhes fazia,

Conta-lhe como fora morto no madeiro,

Jesus Cristo, seu Mestre e amado Guia.

 

Conta que fora condenado cruelmente

Pelos chefes, sacerdotes, principais;

E eles que esperavam ardentemente,

A salvação prometida aos ancestrais.

 

Mas vendo já passar o terceiro dia

Sem essa profecia ser cumprida,

Sentiam grande e triste nostalgia

E amargura cruel e mal sentida.

 

Aquele que era estranho até então,

Exclama em tom severo de censura:

“Ó néscios e de tardo coração,

Não sofreria o Cristo, porventura”?

 

Discorrendo sobre a antiga profecia,

Explicava aos discípulos, claramente,

O que a Escritura, de Jesus dizia,

Com toda a autoridade, sabiamente.

 

Ao chegarem à aldeia, os três, enfim,

Sentindo certo alívio e alegria,

Convidam-no a entrar, dizendo assim:

“Fica conosco, já declinou o dia”.

 

Sentam-se à mesa para a refeição

E aquele vulto, de modo familiar,

Abençoando e no partir do pão,

Mostra-se o Cristo eterno a lhes falar.

 

O Grande Amigo ali se achava!

Porém, desaparece num momento!

“Não nos ardia o coração quando falava”?

Exclamam eles, com geral contentamento.

 

A Jerusalém vão logo anunciar

Ao grupo que já se congregara,

Que Cristo lhes acaba de falar.

O Mestre vivo está! Ressuscitara!

 

Vitória sobre a morte já ganhou Jesus!

Por isso nos gloriamos na esperança.

É Ele que, seguros, nos conduz,

Ao porto de perene segurança.



A UM PREGADOR

 

De Jesus Cristo sois Pregador,

Dedicado e fiel à missão

De levar às almas, com ardor,

O plano real da salvação.

 

Como o Semeador saiu a semear,

Da Parábola do Redentor,

Continuai a semente a lançar

Na terra ao derredor.

 

Muitos que nas trevas estão,

A luz bendita irão receber

De vossa vida e pregação,

De Jesus, salvação obter.

 

Na fé que não se abate,

Como São Paulo possais dizer:

“Combati o bom combate,

A coroa espero receber”.



EDIFICADORAS CRISTÃS

 

No tempo de Cristo, mulheres piedosas

Serviam-no com seus bens e suas vidas;

Porque assim fizeram, saíram vitoriosas,

Vencendo batalhas duras e renhidas.

 

E, através dos tempos, vêm cumprindo

A missão gloriosa e sublime,

De servir, por isto auferindo

De Deus grande bênção que redime.

 

Edificadoras de Cristo na terra,

Relembremos as irmãs do passado,

E continuemos a missão que encerra

A vontade de Deus e seu cuidado.

 

Como Edificadoras do Lar

Sejamos mães zelosas, prudentes,

Procurando, em casa, implantar

Amor e virtudes inerentes.



QUE QUERES QUE EU FAÇA?

 

Que queres que eu faça, Senhor?

Pergunto a Deus, humildemente.

“Que em ti não haja temos,

Confia em mim, és uma crente”.

 

Que queres que eu faça, Senhor,

Neste mundo atribulado?

“Leve uma palavra de amor

Ao coração aflito e cansado”.

 

Que queres que eu faça, Senhor,

Neste mundo de degradação?

“Conte a história do Salvador,

Que redime a todos, sem distinção”.

 

Que queres que eu faça, Senhor?

Sinto a cruz pesada sobre mim.

“Confia sempre, pois meu amor

Não tem mudança, nem fim”.

 

Há tento que fazer

E queres te desanimar?

Quanta gente está a perecer,

Que de Cristo não ouviu falar!

 

Agora sei o que queres, Senhor.

Ampara-me, ajuda-me a lutar

Por Tua causa, com todo fervor,

Pois a Ti quero me dedicar.


Do livro Celebremos Nossas Datas - Poesias, Crônicas, Jograis e Peças (Ed. Luz para o Caminho).



sábado, abril 13, 2024

AMPLITUDE, Revista Cristã de Literatura e Artes, abre chamada para contos

 


AMPLITUDE – Revista Cristã de Literatura e Artes, é uma revista de cultura cristã evangélica, virtual e gratuita, com foco principal em ficção e poesia. Mas seu leitmotiv, seu motivo de ser e de existir, é celebrar a arte cristã em geral: Ela transita por música, cinema, fotografia, artes plásticas e quadrinhos. A revista publica também artigos, estudos literários, crônicas e resenhas.

A revista foi editada em 2015, 2016 a 2019, possuindo apenas três edições. Por motivos vários, a iniciativa havia sido descontinuada.

Mas temos agora uma boa notícia: Estamos retomando a publicação da revista. E, se você é autor evangélico (você pode preferir o termo protestante), e deseja submeter um ou mais contos para avaliação, sinta-se convidado.

Os contos podem versar sobre qualquer tema, DESDE QUE manifestem de alguma forma uma cosmovisão cristã em sua narrativa. O limite é de três laudas, em fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples.

O prazo para remessa é até 13/06/2024. A nova edição deve sair no início do segundo semestre deste ano da graça de 2024.

Envie seu material para o e-mail sreachers@gmail.com . No campo “assunto”, escreva “Conto para Amplitude”.

Para os autores, não há custo algum, seja para o envio de textos para avaliação, seja para a publicação na revista, que é virtual e gratuita.

Envie junto uma pequena nota biográfica, bem como explique sua filiação cristã/denominacional – a que igreja pertence ou pertenceu, tempo de filiação, se possui ou possuiu cargo, etc. Por favor, estas informações não serão tomadas para efeito de julgamentos morais de qualquer ordem, mas apenas para assegurar que a proposta PRINCIPAL da revista, que - embora publique textos cristãos de qualquer vertente - é dar voz e espaço a autores EVANGÉLICOS/PROTESTANTES, seja seguida. Assim, se você é de consciência um cristão evangélico, mas no momento não frequenta regularmente alguma igreja, isso não é um impeditivo para que seu material seja eventualmente publicado.

E, se você não a conhecia, aproveite para entender a revista e sua proposta, bem como para baixar as edições já publicadas: https://revistaamplitude.blogspot.com/

Ah, e se você escreve crônicas, resenhas de livros de ficção cristã - ou resenhas de ficção em geral, a partir de uma cosmovisão explicitamente cristã -, ou produz estudos sobre qualquer aspecto da arte cristã, entre em contato. Quem sabe não possamos aproveitar seu trabalho?

Sammis Reachers, editor


terça-feira, abril 02, 2024

Dois poemas de Carmen Sílvia Musa Lício (Carmen, a Musa)

 


A Vida...

 

Às vezes nos acontecem coisas

Que mais parecem sofrimento

E com o passar do tempo

Vemos que só foi mais um livramento.

 

Cansamos, choramos

Procurando explicações

Mas só com o passar do tempo

Percebemos que fomos libertos

De um relacionamento desastroso

Que nos tirou a paz, o amor,

A leveza da alma, o sentimento

 

Quando oramos a Deus e pedimos a Sua direção

Temos que nEle confiar e descansar.

O tempo dirá o que foi certo e no que erramos...

E assim poderemos virar a página

Nos dar uma nova chance, e quem sabe?

Acabar com o nosso sofrimento...

 

 

 

Minha Oração

 

Jesus, meu amado mestre

razão maior do meu viver

quero sempre Te oferecer

meu coração, todo meu ser

 

Quando perdida me encontrava

foi Teu amor que me resgatou

me dando Vida, uma canção nova,

Imensa alegria de viver

 

Que a minha vida possa ser

verdadeira canção de amor,

Então, assim, resplandecer

Não pelos meus méritos

mas pelos Teus

Pela Tua ação em meu viver

 

Jesus, meu amado Mestre

Meu coração transborda

de gratidão, Paz, amor a Ti

Muito obrigada pelo Seu amor

Muito obrigada pela Tua Salvação



domingo, março 24, 2024

O ABORTO em Frases, Poemas e Reflexões: Antologia em e-book gratuito para download

 



O tema do aborto tem mobilizado mentes, corações e culturas ao longo da história. Nos dias de hoje, tornou-se questão incontornável, transcendendo delimitações sanitárias, sociológicas, políticas e religiosas para inserir-se no centro do debate público.

Temos, ao longo dos anos, editado diversas antologias, dos mais variados escopos e amplitudes. Em sua maioria, antologias poéticas ou de citações. Para execução de tal atividade, é de praxe a aquisição e/ou consulta de livros no gênero, e o leitor deve saber que é relativamente farta a disponibilidade – no caso das citações – de livros de frases em nossas prateleiras. No entanto, transitando, por prazer e a trabalho, por dezenas de antologias e mesmo dicionários de citações, jamais vimos o verbete “aborto” categorizado em obra alguma. Até citações esparsas sobre um tema tão significativo estão curiosamente ausentes deste gênero de literatura. Assim, tomamos para nós a tarefa de, mesmo reféns da brevidade, organizar e disponibilizar a presente obra, de maneira alguma exaustiva, sobre esse assunto vital.

E este pequeno livro é na verdade uma antologia multigêneros: às diversas citações sobre o aborto, unimos uma seleção de poemas e, por fim, uma coleção de pequenos textos de reflexão que ajudarão a iluminar nosso entendimento sobre o assunto.


       Esse é um livro gratuito, que nasce em serviço da sociedade e da melhor das intenções. Convidamos você a ler e também a compartilhar este conteúdo, com quantos achar conveniente.

Para baixar o seu exemplar gratuitamente pelo site Google Drive, CLIQUE AQUI.


terça-feira, março 19, 2024

150 Citações de Soren Kierkegaard em e-book GRATUITO - Um pouco do melhor do Filósofo da Existência

 

Complexo, arguto, irônico, poético, multiplamente genial: Assim foi o dinamarquês, nascido em Copenhague, Søren Aabye Kierkegaard (1813 – 1855).

Ao compreender o peso que se estabelece sobre cada ser humano – a liberdade que exige uma tomada de posição, e ao postular que o mundo interior, subjetivo, era muito mais importante que o exterior, Kierkegaard antecipou temas da psicologia e da filosofia que, doravante, nortearam boa parte dessas disciplinas.

Viveu uma vida reclusa e conturbada, na qual sua profunda percepção da situação angustiante e mais do que isso, absurda do homem – enquanto criatura afastada de seu Criador – lhe infligiram duros pesares.

Seu entendimento profundo do cristianismo o levou a ser um crítico da igreja de seu tempo, pois Kierkegaard, mais do que talvez qualquer homem em séculos antes e depois dele, sabia que a verdadeira vivência da fé cristã era um salto – oneroso ao máximo – dentro do absurdo, salto paradoxal (pois a fé é a superação da racionalidade) que significava a única oportunidade de transcender tal absurdo rumo ao absoluto, e o ápice a que o homem poderia almejar, dentro dos três estágios existenciais propostos pelo pensador: o estético, o ético e o religioso.

Sua vasta obra, desenvolvida através de pseudônimos que dialogam entre si, tem influenciado pensadores e artistas das mais variadas correntes, desde seu advento. Não sem razão ele é considerado o pai do Existencialismo.

Aqui, um pouco do melhor de Kierkegaard.

Para baixar gratuitamente o e-book em formato PDF pelo Google Drive, clique AQUI.


Este e-book possui uma versão ampliada (250 citações) na Amazon, gratuita para assinantes Kindle. Confira AQUI.


quinta-feira, março 07, 2024

O focinho do camelo, um poema de Lydia H. Sigourney

 



O Focinho do Camelo


Certa vez em sua loja um artesão trabalhava

Com mão lânguida e pensamento apático,

Quando da janela aberta

Cuidado! – um camelo enfiou a cara.

“Meu focinho está frio”, ele choramingou, humilde;

“Oh, deixe-me aquecê-lo ao seu lado.”

Como nenhuma palavra de negação lhe foi dita,

Para dentro veio o focinho – e veio a cabeça,

E assim como o sermão vem depois da leitura do evangelho

O pescoço errante e longo veio a seguir.

E então, quando caiu a tempestade ameaçadora,

Saltou para dentro toda a forma deselegante.

 

Espantado o artesão olhou ao redor,

E para o grosseiro invasor franziu a testa,

Convencido, ao vê-lo assim tão perto,

De que não havia espaço para tal convidado.

Ainda mais surpreso, ouviu o camelo dizer:

“Se estiver incomodado, siga o seu caminho,

Pois neste lugar eu escolhi ficar”.

Oh, corações jovens, nascidos para a alegria,

Não tratem esta fábula árabe com desprezo.

Para as velhas artimanhas do mal

Não emprestem nem ouvidos, nem olhar, nem sorriso,

Sufoquem a fonte escura onde ela fluir,

Não admitam sequer o focinho do camelo.


Mais sobre Lydia aqui.


quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Chamada para publicação: Poemas sobre o ABORTO

 


Estamos organizando uma breve antologia em defesa da vida e contra o aborto.

A mesma reunirá poemas, além de frases e pequenas reflexões, num e-book gratuito.

Se você possui - ou venha a escrever - poemas sobre o aborto, lhe convidamos a enviar sua produção para a seleção.

E, caso você conheça poema de outros autores, e queira nos indicar o texto, sua ajuda será de grande valia.

Envie textos e informações por favor para nosso e-mail: sreachers@gmail.com


quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Três poemas de Júnior Malacarne

 


Nasce o Dia

 

Nasce a luz
Nasce o dia
E o calor
'inda a chegar

Nasce em paz
E alegria
E com frescor
Reconciliar

Em solitude
E harmonia
O meu amor
Com o que há

Com a criação
Me presenteia
O Criador
A abençoar

Finda a noite
Se inicia
Um bom temor
A deslumbrar

 

 

 

Assim o Dia Começa

 

Em meio aos caminhões
E à trégua dos motores
Eu ouço o som dos pássaros
Cantando os seus amores

São doces situações
Que paro para escutar
Um canto que me enleva
E não para de encantar

Em meio às aflições
Deus nos traz livramento
Sabedoria e paz
Companhia e alento

Como o orvalho da manhã
Enfeita a já bela flor
E o ainda tímido sol
Dissipa as trevas ao redor

Assim o dia começa
Com tantas bênçãos que me vêm
E Deus renova sua promessa
Que ao seu lado irá tudo bem

 

 

 

 

Começa Tudo De Novo

 

Toda vez que nasce um dia
Começa tudo de novo
Em tudo enxergar poesia
Renovo

Há quem sinta agonia
A começar mais um estorvo
Abra os olhos, veja e sinta
O sopro

A brisa em meio ao caos
A imensidão dos céus
As nuvens não te limitam
Convidam

Entre elas raio de sol
Um doce fio de mel
Colorindo a vida ao léu
Despertam

Enxergar as maravilhas
Ao redor de sua vida
Há tanta cor, tantas vidas
Beleza

Os passos ao longo do dia
Serão mais que uma dureza
Serão prosa e poesia
Certeza


Leia outros textos no perfil do autor no Instagram: @malacarnejunior


quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Quatro poemas de Siegfried Zilz

 


Eis-me Aqui Senhor

 

Falarei das tuas coisas simples,

Nas quais se aperfeiçoam os teus dons divinos.

Da esperança, da fé e dos milagres,

que ocultaste aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.

Falarei de searas, de colheitas, de frutos.

De tempestades, de rios de e barquinhos.

De florestas, de estrelas, de crianças.

De migalhas que alimentam cachorrinhos.

De moedas perdidas, de ovelhas desgarradas.

 

De GRANDES pecados e de um MAIOR PERDÃO.

De doentes que foram curados,

e de famintos que encontram pão.

Falarei de feras, de pardais, e de rolinhas.

De lírios que se vestem sem tecer.

De lágrimas que serão enxutas,

e dos palácios que nós vamos ter.

TUDO o que eu fizer será com PAIXÃO,

porque te amo de todo o coração;

Pelo que me deste, e pelo que tu és.

Quero ser como aquela que fez o que pôde.

Que te ungiu com o melhor perfume,

e com os cabelos te enxugou os pés.

 

Enfim quero fazer tua obra, não como quem arrasta os pés,

nem te ofertando o que sobra.

Eis aqui Senhor o melhor, as PRIMÍCIAS,

Para que sejam as tuas delicias.

Eis nos aqui Senhor, a nossa geração:

“LIMPOS DE MÃOS E PUROS DE CORAÇÃO”

Pra fazer tua obra como quem canta ALELUIAS.

COM PODER PROPÓSITO E PAIXÃO.

 


SE O FARDO É PESADO


Se o fardo é pesado, Deus dá maior Graça,

maior fortaleza se é grande o labor.

Se a prova é mais dura, maior o consolo;

mais quentes as chamas, mais perto o Senhor.


E quando os recursos em nós se esgotarem,

e a força faltar-nos pra mais suportar;

As fontes eternas da Graça divina,

terão começado somente a jorrar.


Amor sem limites, poder sem fronteiras,

e Graça infinita e inefável tem Deus.

E destes tesouros guardados em Cristo,

Dá sempre e sempre, dá a todos os seus.

 

 

Deus Usa Pessoas Comuns


Deus usa pessoas comuns;

Tão comuns como você e eu.

Pessoas que lhe deem tudo,

não importando, quão pouco

esse tudo possa ser.

Porque esse pouco se torna muito,

quando submetemos esse pouco,

ao toque da mão do Mestre.

Como aquele garoto, lembram?

Tudo ele deu a Jesus.

E a multidão faminta

foi saciada com poucos pães e peixes.

Pode não ser muito o que você tem,

mas entenderás ao submete-lo

ao toque da mão do Mestre,

pois o mesmo você nunca mais será.

 

  

JESUS, A PÉROLA DE GRANDE PREÇO

 

Jovem! A vida está diante de ti

Todo um caminho, escolhas e decisões.

O mundo terá suas ofertas,

E fantasiosas soluções.

Jovem, o futuro é logo ali;

Por isso levanta os olhos,

E escolhe com grande apreço,

A Jesus “a pérola de grande preço”

 

O caminho é duro e sempre estreito,

Mas perfumado e cheio de flores,

Plantadas por deus a seu modo e seu jeito.

Com graça, beleza e mil odores.

Assim é mais que tudo o que conheço,

Jesus: “a pérola de grande preço”.

 

Jovem, logo ali é o futuro,

De passagem pelo mundo escuro,

Mas muito bem sinalizado,

Por infalíveis fachos de luz.

Emanados das sagradas escrituras,

Indicando o caminho das alturas,

E o doce e sublime endereço

De Jesus “a pérola de grande preço”.

 

Por tudo isso e muito mais,

De sonhos, metas, coisas, abre mão,

Tomando a grande e sábia decisão:

Nada sou, nada tenho, nem mereço,

Mas sou dono e pertenço ao mesmo tempo,

A Jesus “a pérola de grande preço”.


Visite a página do pastor e missionário Siegfried no Facebook: https://www.facebook.com/siegfriedzilzpoemas


sábado, fevereiro 03, 2024

IBGE contrapõe número de templos religiosos à de hospitais/escolas, e expõe seu preconceito institucional

  

 O título da imagem acima é um chamariz. Utiliza a burla do ridículo e do óbvio para atrair.

Outra burla, igualmente obscena, tem sido utilizada pelo órgão oficial, e reproduzida por entes de imprensa e pessoas por todo o pais, na última semana. Ela, a burla, soa literalmente assim:

Brasil possui mais templos religiosos do que escolas e hospitais somados.

Você eventualmente deve ter visto essa "notícia", em suas redes sociais ou sites noticiosos.

O preconceito aqui é axiológico, nasce com a expressão, o próprio "raciocínio" que ela promove.

Religião é coisa de foro íntimo, particular. Templos religiosos, do terreiro de candomblé ao templo budista, passando pelo motivo velado fundamental do ódio, os templos evangélicos, são erigidos com o dinheiro dos fiéis, ou de seus idealizadores. Sim, muitos templos sequer "se pagam", e aquele que os mantém o faz por fé. Outros sim, excedem-se no lucro, e malversam algo que deveria ser sagrado. Mas em ambos, em todos esses âmbitos, eu e você, que dirá o poder público, temos pouco ou nada a ver com isso. 

Já escolas e hospitais dizem respeito a todos, pois são pagos com impostos. Seus gestores, funcionários públicos em sua maioria, estão a serviço da sociedade e por esta remunerados. Perdão, sei que essa pedagogia chega a ser ultrajante. Mas é para dar a dimensão da situação a que chegamos.

Como comparar a esfera particular com a esfera pública? Qual a relação que se busca promover ao comparar a existência de templos religiosos com a de escolas e hospitais? Fica implícito o caráter maniqueísta, de contrapor algo "positivo" a algo "negativo"; ou necessário/desnecessário, ou qualquer outra maniqueismada que se queira.

Vamos deitar um outro vestido ao raciocínio. Você viu alguma postagem ou reportagem (já não são a mesma coisa, diluídas na sopa de ideologias espúrias de seus veiculadores, uns pagos e diplomados, outros entusiastas de sofá?), sim, você viu por acaso reportagem ou postagem (que dirá recenseamento), seja do próprio IBGE, da Folha, de seu primo ateu, de seu professor marxista, nesta linha:


BRASIL TEM MAIS BARES DO QUE ECOLAS E HOSPITAIS


Viu?

Falo agora aos evangélicos. Já é tempo de levantar do canto do ringue e combater o preconceito aberto e velado que muitos vomitam ou excretam sobre nós, dia após dia. O comentário judicioso no grupo de família, escola, trabalho; a postagem tendenciosa do amigo, dO Globo ou do IBGE; o olhar repetidamente atravessado (foco no repetitivo, é sintomático) em qualquer ambiente, da empresa aos coletivos...

Eu costumo aplicar um método desconstrutivo para explicitar o preconceito das falas, preconceito que mal conseguem esconder. O truque, quase socrático em sua rusticidade, consiste na simples substituição de palavras e expressões.

Quando ouvir: "Pastor é tudo ladrão" (vários o são, conheci alguns pessoalmente) troque o "pastor" por "preto", e pergunte à pessoa se ela concorda com a mudança. "Preto é tudo ladrão". Dá até cadeia, hum? Sim, e muito justificadamente. Mas o que muitos não sabem ou não querem fazer valer é que o primeiro comentário e congêneres também. Para o bom funcionamento (e exposição do preconceituoso) vale qualquer substituição, por opção sexual (gay, lésbica, hétero, etc.), por etnia, classe profissional, nacionalidade. A ideia é a de que, quando atingida, a pessoa reflita sobre a própria intolerância que, acredite, muitas vezes é semi-voluntária e segue o abjeto padrão mental do pre-conceito: Economia mental, esforço simplificador para não esforçar-se em raciocinar, em pensar por si mesmo. Sem desconsiderar o ódio gratuito ou pago, mas execute a manobra ao rigor da Lei: presuma inocência.

Além da antiga Lei que protege a liberdade de culto - e o respeito à fé alheia, há poucos dias se comemorou o Dia de Combate à Intolerância Religiosa, firmado pela Lei 11635/07. Tal lei ou data surgiu num contexto de proteção aos cultos de matriz africana, que têm sofrido preconceito histórico, desde sua introdução (ou criação, no caso da umbanda) em nosso país. Mas a primeira Lei não protege apenas estes, assim como a segunda não visibiliza apenas a sua causa. Toda intolerância religiosa deve ser judicializada. E judicializar, você sabe, segue o mesmo processo: Gravam-se falas, "printam-se" comentários, arregimentam-se testemunhas. 

Emitir opinião contrária não é crime. A intolerância se mostra quando os termos são agressivos, quando o ódio vaza do canto das bocas, quando o padrão se repete.

O mal se combate em campo. Tomemos a iniciativa, pois a bovinidade só interessa aos açougueiros, aos carrascos. 


Sammis Reachers

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Publicado originalmente no blog Cidadania Evangélica. A reprodução deste texto é liberada em qualquer meio e plataforma, desde que creditada a fonte.


quinta-feira, janeiro 25, 2024

Quatro poemas de Aldair Ribeiro dos Santos

 


A PALAVRA DE DEUS (acróstico)

 

Aplicada, transforma vidas mortas

 

Palpitante, conforta e alegra corações

Amada, forma exemplos de vida

Lida, cumpre o que lhe apraz

Ansiada, não tarda em deixar-se encontrar

Verbalizada, transmite graça aos que ouvem

Revelada, nos chama a uma vida com Deus

Abraçada, nos concede segurança

 

Derramada, nos conduz ao arrependimento

Estudada, premia com grande sabedoria

 

Desejada, nos faz conhecer o seu autor

Escrita, é levada para os povos e nações

Usada, nos concede a vitória

Santificada, encarna em nós a face de Cristo!

 

 

POEMETO PARA JUDAS

 

Jerusalém, ano 33

Jardim das oliveiras

Noite

 

Eis que o traidor se aproxima

 

Um beijo no Salvador

Remorso

(in) consciência em reviravolta

Contradição

Demência

 

Eis que o traidor se aproxima

 

Da sorte

Da morte

 

Se aproxima...

 

Traído por si

 

 

MEDITAÇÃO

 

Amanheço velho

Acordo seco

Busco luz

Água viva

Busco a fonte de vida

 

Longamente medito

Nas letras

Sagradas

Vivificantes

 

Deleito-me

Nas ideias do Nazareno

Sacio a fome

Da alma

Renovo a esperança

Do espírito

Acho sentido novo

Pra vida

 

Amanhece

Desponta o sol em minh'alma

Intriga-me o tempo

Que não vi passar

 

Recomeço a viver

O novo

 

De novo

 

 

TESTEMUNHO

 

Falsa alegria

Utopia enganada

Hipocrisia vivida

Crepúsculo do nada

Sepulcro caiado que divaga...

E divaga...

Esquizofrenia primal

A psicose básica universal

Vida danada

Sem rumo

Sou ser hodierno

Contraditória realidade real

 

Inesperado encontro

Com o divisor da história

O achar do Caminho

O crer na Verdade

O viver da Vida

Início da eternidade

 

Poderes em reviravolta

Agonia de Lúcifer

Em evidência

Desejos do Logos

Em evidente evidência

Conversão

 

Esperança, vida e poder

Vitória no sangue

Triunfo na cruz

Luz

Restauração

 

Jesus


Leia mais textos no blog do autor: https://aldairsantosrr.wordpress.com/


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